Alberte Pagán

Película urgente por Palestina

Texto da banda sonora

PELÍCULA URGENTE POR PALESTINA [PDF]

Esta é umha película urgente
por Palestina,
desde Palestina.
Esta é umha película sem images
porque as images som incapaces de representar a história.
Esta é umha película urgente
para Palestina,
sobre Palestina,
território ocupado,
povo ocupado,
vidas ocupadas,
futuro ocupado.
Palestina clandestina,
Israel ilegal.
Esta é umha película sem images,
este é um povo sem terra.
Futuro roubado,
passado borrado,
casas ocupadas,
povo encarcerado.
Película sem images,
images incapaces de representar a história,
de contar o presente.
“Conta-lhe à tua gente que nom somos terroristas.”
Esta é umha película urgente contra Israel,
estado ilegítimo,
Israel irreal.
Esta é umha película
para um povo desesperado,
impotente ante a impunidade de Israel.
Images sem vozes.
Al-Nakba.
Limpeza étnica.
Este é o muro,
clara afirmaçom antropológica.
Estes som os muros.

Ocidente nom é responsável,
o estado de Israel nom é responsável,
a cidadania israeli nom é responsável.
Daquela, quem é responsável?
Que se entende quando digo
“Palestina livre”?
Que entendem quando dim
“Israel livre”?
Livre de que?
Livre de quem?, perguntas.
Política de feitos consumados.

Nacionalidade imediata para
qualquer persoa judia de qualquer parte do mundo.
Eterno exílio para
o povo palestino.
Al-Nakba,
cidadaos de terceira,
nom cidadaos
nom existentes
encerrados nas suas vilas,
encerrados nas suas casas,
sem possibilidades de viajar de Jericó a Jerusalém,
de Ramallah a Jerusalém,
de Nablus a Jerusalém.
Balata,
Hebrom.
Qual é o objectivo de Israel?
Apoderar-se de toda Palestina
ao preço que seja,
impunemente,
co beneplácito internacional.
Ocupar ferrado a ferrado,
casa a casa,
vida a vida,
como um vírus.
Borrar a história palestina.
Novas estrelas de David nas velhas lumieiras da velha Jerusalém.
Hebraizar Palestina,
fogar a fogar,
bandeira a bandeira,
como os alemás na Polónia ocupada:
derrubar Varsóvia,
destruir a história,
germanizar o resto,
Oswiecim,
Auschwitz,
alegando raçons históricas.
Al Andalus.
Bandeira a bandeira,
em cada esquina,
em cada azotea.
Estrelas exclusivas,
bandeiras exclusivas:
o império dos signos.
Umha casa israeli mais
significa un fogar palestino menos:
demografia pura.

Isto é umha película.
Isto é um panfleto por Palestina.
Nom se pode construir um país
a costa da existência de outro.
Estas som images sem som,
este é um povo orfo,
este é o muro que confisca terras,
cultivos,
oliveiras.
Estas som as oliveiras
ao nosso lado do muro
queimadas polo exército israeli.
Este é o poço tres vezes construido
e tres veces derrubado polo exército israeli
em Susya,
em qualquer rincom do deserto.
O império dos símbolos.
A lei nom permite a sua construçom.
A lei permite que animais e persoas e cultivos morram de sede:
Forçar o exílio.
Estas som as casas em ruinas que Israel nom permite arranjar
baixo pena de confiscaçom.
Estes som os fogares que nom se podem abandonar
baixo pena de confiscaçom.
Este é um home que vive as 24 horas do dia no seu obradoiro
porque qualquer visita à mezquita,
ao mercado,
significa regressar a umha porta nova,
umha pechadura nova,
umha familia israeli nova.
Este é um home que poderia ser milhonário:
orgulhoso mostra a chave da sua casa.
Poderosa arma o dinheiro.
Destruçom massiva.
Al-Nakba.
Nem olvido nem perdom.

O cinema é mentira.
Esta é a image dumha mentira.
Israel é mentira,
a história é mentira.
Deus é responsável.
A historia é responsável.

Esta é umha casa roubada a umha família palestina.
Esta é a tenda de campanha na que resistem,
várias veces tumbada,
outras tantas levantada,
em Sheikh Jarrah,
Jerusalém oriental.
O juiz em persoa
lhes entrega a chave aos colonos.
Este é o cam da família ocupante
que morde ao proprietário palestino:
o proprietário palestino é detido pola polícia israeli.

Isto nom sei o que é.
Este nom sei quem é.
O povo eligido.
Isto é Silwan,
Jerusalém oriental.
Este é um bairro palestino a piques de desaparecer,
fogares palestinos derrubados
para a construçom dum fermoso jardim.
Um moço é atropelado por um colono durante as protestas:
o moço é detido pola polícia.

Estas som images da história,
images do presente,
história das images.
A política é a história em estado presente.

Esta é a história do sistema político mais perverso do planeta,
do sistema jurídico.
País para o povo eligido.
Al-Nakba.
Limpeza étnica.
Esta é umha história sem images,
umha história sem vozes,
sem palavras,
palavras.
Toda palavra é um prejuíço.
Este é um mapa israeli
no que nom se reconhece Cisjordánia:
só os poucos quilómetros quadrados de Gaza.
Pobre Gaza,
encerrada,
sequestrada,
sitiada,
bombardeada.
Que foi da revoluçom palestina?
Isto nom é a descriçom dum combate:
isto é o combate.

Que foi da revoluçom palestina,
em que ficárom os sonhos de liberdade.
Este é um panfleto sobre a indignaçom do povo palestino.
Onde estám os indignados israelis?
Palestina nom existe para a cidadania israeli
porque Palestina contradi a mesma existência do Estado de Israel.
Isto é um panfleto de denúncia da impunidade de Israel,
da conivência ocidental,
da complicidade da cidadania israeli,
como em tempos da cidadania alemá
co estado Nazi.
Nom protestam,
nom podem protestar,
porque isso implicaria a coerência de deixar a sua casa,
de devolver a sua casa ocupada aos legítimos donos,
a terra ocupada,
os trabalhos ocupados,
as oliveiras ocupadas.
Perguntar-se sobre a existência do muro,
dos muros,
dos centos de quilómetros de muro,
implica passar-se ao outro bando,
implica o ostracismo social,
o abandono das amizades,
mesmo da família.
Melhor nom mirar,
nom ver,
nom perguntar
por que a minha existência se basea na inexistência do outro,
o inimigo,
o terrorista,
infrahumano,
sem existência legal,
meu semelhante,
meu irmao.

Isto é um panfleto,
isto é um berro seco.
Belfast,
Berlim,
Sahara,
Colômbia,
Kurdistám,
apartheid.

Este é o exército do estado de Israel.
Este nom é um estado com exército:
este é um exército com estado.

Este é o exército israeli
que nom nos permite o passo
alegando que som terrenos militares.
Mas só é um assentamento israelí,
mas qualquer assentamento israelí é terreno militar.
Mas por aqui tenhem que passar as crianças palestinas
caminho da escola
e o exército está aí para protegê-las dos colonos
que berram e arrebolam pedras ao seu passo.
E o exército está aí para proteger aos colonos
das miradas das crianças que vam à escola.
Isto é Tuwani
e isto é o mercado de Hebrom
no centro histórico de Hebrom
e a ambos landos vivendas ocupadas por famílias judias
que guindam todo tipo de lixo à rua.
Este é um controlo que nom podemos atravessar
porque é a entrada a um bairro judeu,
dim-nos.
“Levas umha arma no bolso?”
perguntam-lhe à mulher palestina que nos acompanha.
Estas som as lojas palestinas precintadas
porque estám no caminho do bairro judeu.
Ferrado a ferrado,
casa a casa,
vida a vida,
como um vírus.

Esta é umha película sobre a indignaçom,
a desesperança.
Isto é um panfleto sobre o sofrimento cotiá,
esta é história do sofrimento histórico,
sem images,
sem palavras.
Um povo co futuro sequestrado.
Os mortos,
os presos,
os exilados,
em cada casa,
em cada família,
em cada aldea.

Este é o muro perto de Na’alin,
esta é a manifestaçom semanal,
sexta feira,
bandeira palestina sobre o muro.
Nom queremos nem muros nem bandeiras.
Arrebolamos pedras por riba do muro que nom queremos.
Berramos “Este muro é ilegal”.
Assentamento judeu ao outro lado do muro,
terreno militar,
exército israeli que contesta com granadas lacrimógenas,
dia tras dia,
semana a semana,
vida a vida,
casa a casa.
Imagina um mundo sem países.

Este é um país militarizado,
um estado policial,
umha naçom paranoica.
É o medo,
o medo ao outro,
às crianças,
às línguas,
aos pensamentos,
à perda dos privilégios,
a ter que devolver o botim de guerra.
Palestina cercada,
cada vila cercada,
cada casa cercada,
a velha Jerusalém pechada.

Isto é um panfleto pola autodeterminaçom,
polos direitos dos povos,
polo direito ao retorno.

Devo aprender que o futuro é um mundo habitável.
Devo aprender que o futuro é um mundo habitável.

Isto nom é umha película.


PELÍCULA URGENTE POR PALESTINA [PDF]

Esta es una película urgente
por Palestina,
desde Palestina.
Esta es una película sin imágenes
porque las imágenes son incapaces de representar la historia.
Esta es una película urgente
para Palestina,
sobre Palestina,
território ocupado,
pueblo ocupado,
vidas ocupadas,
futuro ocupado.
Palestina clandestina,
Israel ilegal.
Esta es una película sin imágenes,
este es un pueblo sin tierra.
Futuro robado,
pasado borrado,
casas ocupadas,
pueblo encarcelado.
Película sin imágenes,
imágenes incapaces de representar la história,
de contar el presente.
“Cuéntale a tu gente que no somos terroristas.”
Esta es una película urgente contra Israel,
estado ilegítimo,
Israel irreal.
Esta es una película
para un pueblo desesperado,
impotente ante la impunidad de Israel.
Imágenes sin voces.
Al-Nakba.
Limpieza étnica.
Este es el muro,
clara afirmación antropológica.
Estos son los muros.

Occidente no es responsable,
el estado de Israel no es responsable,
la ciudadanía israelí no es responsable.
Entonces, ¿quién es responsable?
¿Qué se entiende cuando digo
“Palestina libre”?
¿Qué entienden cuando dicen
“Israel livre”?
¿Libre de qué?
¿Libre de quién?, preguntas.
Política de hechos consumados.

Nacionalidad inmediata para
cualquier persona judía de cualquier parte del mundo.
Eterno exilio para
el pueblo palestino.
Al-Nakba,
ciudadanos de tercera,
no ciudadanos
no existentes
encerrados en sus pueblos,
encerrados en sus casas,
sin posibilidad de viajar de Jericó a Jerusalén,
de Ramallah a Jerusalén,
de Nablús a Jerusalén.
Balata,
Hebrón.
¿Cuál es el objetivo de Israel?
Apoderarse de toda Palestina
al precio que sea,
impunemente,
con el beneplácito internacional.
Ocupar metro a metro,
casa a casa,
vida a vida,
como un virus.
Borrar la historia palestina.
Nuevas estrellas de David en los viejos dinteles de la vieja Jerusalén.
Hebraizar Palestina,
hogar a hogar,
bandera a bandera,
como los alemanes en la Polonia ocupada:
derribar Varsovia,
destruir la historia,
germanizar el resto,
Oswiecim,
Auschwitz,
alegando razones históricas.
Al Andalus.
Bandera a bandera,
en cada esquina,
en cada azotea.
Estrellas exclusivas,
banderas exclusivas:
el imperio de los signos.
Una casa israelí más
significa una casa palestina menos:
demografía pura.

Esto es una película.
Esto es un panfleto por Palestina.
No se puede construir un país
a costa de la existencia de otro.
Estas son imágenes sin sonido,
éste es un pueblo huérfano,
éste es un muro que confisca tierra,
cultivos,
olivos.
Éstos son los olivos
a nuestro lado del muro
quemados por el ejército israelí.
éste es un pozo tres veces construido
y tres veces derribado por el ejército israelí,
en Susya,
en cualquier rincón del desierto.
El imperio de los símbolos.
La lei no permite su construcción,
la lei permite que animales y personas mueran de sed:
Forzar el exilio.
Estas son las casas en ruinas que Israel no permite restaurar,
bajo pena de confiscación.
Éstos son los hogares que no se pueden abandonar
bajo pena de confiscación.
Éste es un hombre que vive las 24 horas del día en su taller
porque cualquier visita a la mezquita,
al mercado,
significa regresar a una puerta nueva,
a una cerradura nueva,
a una familia israelí nueva.
Éste es un hombre que podría ser millonario:
orgulloso muestra la llave de su casa.
Poderosa arma el dinero.
Destrucción masiva.
Al-Nakba.
Ni olvido ni perdón.

El cine es mentira.
Ésta es la imagen de una mentira.
Israel es mentira,
la historia es mentira.
Dios es responsable.
La historia es responsable.

Ésta es una casa robada a una familia palestina.
Ésta es la tienda de campaña en la que resisten,
varias veces tumbada,
otras tantas levantada,
en Sheikh Jarrah,
Jerusalén oriental.
El juez en persona
le entrega la llave a los colonos.
Éste es el perro de la familia ocupante
que muerde al propietario palestino:
el propietario palestino es detenido por la policia israelí.

Esto no sé lo que es.
Éste no sé quién es.
El pueblo elegido.
Esto es Silwan,
Jerusalén oriental.
Este es un barrio palestino a punto de desaparecer,
hogares palestinos destruídos
para la construcción de un hermosos jardín.
Un chaval es atropellado por un colono durante una protesta:
el chaval es detenido por la policía.

Éstas son imágenes de la historia,
imágenes del presente,
historia de las imágenes.
La política es la historia en estado presente.

Ésta es la historia del sistema político más perverso del planeta,
del sistema jurídico.
País para el pueblo elegido.
Al-Nakba.
Limpieza étnica.
Ésta es una historia sin imágenes,
una historia sin voces,
sin palabras,
palabras.
Toda palabra es un prejuicio.
Éste es un mapa israelí
en el que no se reconoce Cisjordania:
solo los pocos quilómetros cuadrados de Gaza.
Pobre Gaza,
encerrada,
secuestrada,
sitiada,
bombardeada.
¿Qué fue de la revolución palestina?
Esto no es la descripción de un combate:
esto es el combate.

Qué fue de la revolución palestina,
en qué quedaron los sueños de liberdad.
Éste es un panfleto sobre la indignación del pueblo palestino.
¿Dónde están los indignados israelíes?
Palestina no existe para la ciudadanía israelí
porque Palestina contradice la misma existencia del Estado de Israel.
Esto es un panfleto de denuncia de la impunidad de Israel,
de la connivencia occidental,
de la complicidad de la ciudadaní israelí,
como en otros tiempos de la ciudadanía alemana
con el estado Nazi.
No protestan,
no pueden protestar,
porque eso implicaría la coherencia de dejar su casa,
de devolver su casa ocupada a los legítimos dueños,
la tierra ocupada,
los trabajos ocupados,
los olivos ocupados.
Preguntarse sobre la existencia del muro,
de los muros,
de los cientos de quilómetros de muro,
implica pasarse al otro bando,
implica el ostracismo social,
el abandono de las amistades,
de la familia.
Mejor no mirar,
no ver,
no preguntar
por qué mi existencia se basa en la inexistencia del otro,
el enemigo,
el terrorista,
infrahumano,
sin existencia legal,
mi semejante,
mi hermano.

Esto es un panfleto,
esto es un grito seco.
Belfast,
Berlín,
Sahara,
Colombia,
Kurdistán,
apartheid.

Éste es el ejército del Estado de Israel.
Éste no es un Estado con ejército:
éste es un ejército con Estado.

Éste es el ejército israelí
que no nos permite el paso
alegando que son terrenos militares.
Pero solo se trata de un asentamiento israelí,
pero cualquier asentamiento israelí es terreno militar.
Pero por aquí tienen que pasar las niñas y niños palestinos
camino de la escuela
y el ejército está ahí para protegerlos de los colonos
que gritan y lanzan piedras a su paso.
Y el ejército está ahí para proteger a los colonos
de las miradas de las niñas y niños que van a la escuela.
Esto es Tuwani
y esto es el mercado de Hebrón
en el centro histórico de Hebrón
y a ambos lados viviendas ocupadas por familias judías
que tiran todo tipo de basura a la calle.
Éste es un control que no podemos atravesar
porque es la entrada a un barrio judío,
nos dicen.
“¿Llevas un arma en el bolso?”
le preguntan a la mujer palestina que nos acompaña.
Éstas son las tiendas palestinas precintadas
porque están en el camino del barrio judío.
Metro a metro,
casa a casa,
vida a vida,
como un virus.

Esta es una película sobre la indignación,
la desesperación.
Esto es un panfleto sobre el sufrimiento cotidiano,
esta es la historia del sufrimiento histórico,
sin imágenes,
sin palabras.
Un pueblo con el futuro secuestrado.
Los muertos,
los presos,
los exiliados,
en cada casa,
en cada familia,
en cada aldea.

Este es el muro cerca de Na’alin,
esta es la manifestación semanal,
viernes,
bandera palestina sobre el muro.
No queremos ni muros ni banderas.
Arrojamos piedras por encima del muro que no queremos.
Gritamos “Este muro es ilegal”.
Asentamiento judío al otro lado del muro,
terreno militar,
ejército israelí que contesta con granadas lacrimógenas,
día tras día,
semana a semana,
vida a vida,
casa a casa.
Imagina un mundo sin países.

Este es un país militarizado,
un estado policial,
una nación paranoica.
Es el miedo,
el miedo al otro,
a los niños y niñas,
a las lenguas,
a los pensamientos,
a la pérdida de los privilegios,
a tener que devolver el botín de guerra.
Palestina cercada,
cada ciudad cercada,
cada casa cercada,
la vieja Jerusalén cerrada.

Esto es un panfleto por la autodeterminación,
por los derechos de los pueblos,
por el derecho al retorno.

Debo aprender que el futuro es un mundo habitable.
Debo aprender que el futuro es un mundo habitable.

Esto no es una película.


URGENT FILM FOR PALESTINE [PDF]

This is an urgent film
for Palestine,
from Palestine.
This is an imageless film
because images can’t represent history.
This is an urgent film
for Palestine,
about Palestine,
occupied territory,
occupied people,
occupied lives,
occupied future.
Clandestine Palestine,
illegal Israel.
This is a film without images,
this is a people without land.
Stolen future,
erased past,
occupied houses,
imprisoned people.
Imageless film,
images unable to represent history,
to recount the present.
“Tell your people we are not terrorists.”
This is an urgent film against Israel,
illegitimate State,
unreal Israel.
This is a film
for a desperate people,
impotent against Israel’s impunity.
Voiceless images.
Al-Nakba.
Ethnic cleansing.
This is the wall,
obvious anthropological assertion.
These are the walls.

The West is not responsible,
the State of Israel is not responsible,
Israeli citizens are not responsible.
Then, who is responsible?
What do you understand when I say
“Free Palestine”?
What do they understand when they say
“Free Israel”?
Free from what?
Free from whom?, you ask.
Policy of faits accomplis.
Instant citizenship for
any Jewish person from anywhere in the world.
Eternal exile for
the Palestinian people.
Al-Nakba,
third-rate citizens,
non-existent
non-citizens
imprisoned in their towns,
imprisoned in their houses,
forbidden to travel from Jericho to Jerusalem,
from Ramallah to Jerusalem,
from Nablus to Jerusalem.
Balata,
Hebron.
What is the ultimate aim of Israel?
To take possession of all of Palestine
regardless of the cost,
with impunity,
with the blessing of the world.
To occupy metre by metre,
house by house,
life by life,
like a virus.
To erase the history of Palestine.
New stars of David in the old lintels of old town Jerusalem.
To Hebraize Palestine,
home by home,
flag by flag,
like the Germans in occupied Poland:
to demolish Warsaw,
to destroy history,
to Germanize the rest,
O?wi?cim,
Auschwitz,
on the grounds of history.
Al-Andalus.
Flag by flag,
on every corner,
on every roof.
Exclusive stars,
exclusive flags:
empire of signs.
One more Israeli house
means one less Palestinian home:
pure demography.

This is a film.
This is a pamphlet for Palestine.
A country cannot be created
at the expense of another.
These are soundless images,
this is an orphan people,
this is the wall built to confiscate lands,
crops,
olives.
These are the olive trees
on our side of the wall
burnt by the Israeli army.
This is the well three times dug
and three times destroyed by the Israeli army
in Susya,
anywhere in the desert.
Empire of symbols.
The law forbids building wells.
The law allows animals and people and crops to die of thirst:
To send them into exile.
These are the houses in ruins that Israel doesn’t allow us to repair
under penalty of confiscation.
These are the homes you can’t leave
under penalty of confiscation.
This is a man who lives 24 hours a day in his workshop
because any visit to the mosque,
to the market,
means returning to a new door,
a new lock,
a new Israeli family.
This is a man who could be a millionaire:
he proudly shows the key to his house.
Money is a powerful weapon.
Mass destruction.
Al-Nakba.
Never forgive, never forget.

Cinema is a lie.
This is the image of a lie.
Israel is a lie,
history is a lie.
God is responsible.
History is responsible.

This is a house stolen from a Palestinian family.
This is the tent where they resist,
several times torn down,
and just as many put up again,
in Sheikh Jarrah,
East Jerusalem.
The judge in person
presented the settlers with the keys.
This is the dog of the occupying family
which bites the Palestinian owner:
the Palestinian owner is arrested by the Israeli police.

This I don’t know what it is.
This I don’t know who it is.
The chosen people.
This is Silwan,
East Jerusalem.
This is a Palestinian neighbourhood about to disappear,
Palestinian homes destroyed
in order to create a beautiful garden.
A boy is run over by a settler during a protest:
the boy is arrested by the police.

These are images of history,
images of the present,
history of images.
Politics is history in the present tense.

This is a history of the most wicked political system on earth,
of the most wicked legal system.
A country for the chosen people.
Al-Nakba.
Ethnic cleansing.
This is a history without images,
without voices,
without words,
words.
Every word is a prejudice.
This is an Israeli map
in which the West Bank is not acknowledged:
just the few square kilometres of Gaza.
Poor Gaza,
shut in,
sequestered,
besieged,
bombarded.
Whatever happened to the Palestinian revolution?
This is not the description of a combat:
this IS the combat.

Whatever happened to the Palestinian revolution?
Where are all the dreams of freedom?
This is a pamphlet about the indignation of the Palestinian people.
Where are the Israeli indignant?
Palestine does not exist for Israeli citizens
because Palestine conflicts with the very existence of the State of Israel.
This is a pamphlet to denounce Israel’s impunity,
the connivance of the West,
the complicity of Israel’s citizenry,
as in the past of the German citizens
with the Nazi State.
They don’t protest,
they can’t protest,
because if they do they ought to leave their houses —being consistent,
they ought to return their occupied houses to their legitimate owners,
the occupied land,
the occupied jobs,
the occupied olives.
To wonder about the existence of the wall,
of the walls,
of the hundreds of kilometres of wall,
implies crossing over,
implies social ostracism,
the rejection of friends,
even family.
Better not to look,
not to see,
not to ask
why my existence is based on the inexistence of the other,
the enemy,
the terrorist,
subhuman,
with no legal existence,
my fellow man,
my brother.

This is a pamphlet,
this is a harsh outcry.
Belfast,
Berlin,
Sahara,
Colombia,
Kurdistan,
apartheid.

This is the army of the State of Israel.
This is not a State with an army:
this is an army with a State.

This is the Israeli army
which cut us off
arguing that we are crossing military grounds.
But it’s just an Israeli settlement,
but any Israeli settlement is military grounds.
But Palestine children must walk past it
on their way to school
and the military are there to protect them from the settlers
that shout and throw stones at them.
And the military are there to protect the settlers
from the gaze of the children that go to school.
This is Tuwani
and this Hebron’s market
in Hebron’s old town
and there are Jewish families occupying both sides of the street
and throw every kind of rubbish onto the street.
This is a checkpoint we can’t get through
because this is the entrance to a Jewish neighbourhood,
they say.
“Are you carrying a gun in your handbag?”
they ask the Palestinian woman that comes with us.
These are the Palestinian shops which have been sealed
because they are on the way to the Jewish neighbourhood.
Metre by metre,
house by house,
life by life,
like a virus.

This is a film about indignation,
about despair.
This is a pamphlet about our daily suffering,
this is a history of historical suffering,
imageless,
wordless.
A people with a sequestered future.
The dead,
the prisoners,
the exiles,
in every home,
in every family,
in every village.

This is the wall near Na’alin,
this is the weekly demonstration,
Friday,
Palestinian flag on the wall.
We don’t want walls or flags.
We throw stones over the unwanted wall.
We shout “This wall is illegal”.
A Jewish settlement on the other side of the wall,
military grounds,
Israeli army that responds with tear gas,
day by day,
week by week,
life by life,
house by house.
Imagine there’s no countries.

This is a militarized country,
a police state,
a paranoid nation.
It’s fear,
fear of the other,
of children,
of languages,
of thought,
of losing their privileges,
of having to return the war booty.
Palestine shut in,
every town fenced off,
every house walled in,
Old Jerusalem closed off.

This is a pamphlet for self-determination,
for the rights of the peoples,
for the right of return.

I must learn that the future is a habitable world.
I must learn that the future is a habitable world.

This is not a film.

Criado com WordPress | Compartir nom é delito